domingo, 6 de junho de 2010
O BALDE
O BALDE
O balde que estou usando
Desceu ao fundo do poço.
A dor que está me matando
Não é minha, mas eu ouço!
Eu ouço pelos caminhos...
Eu a vejo em tantos rostos
São as marcas dos espinhos
Dos tristes ais do desgosto!
São gritos na madrugada,
Suspiros de um sofredor...
São mendigos nas calçadas
Pedindo um resto de Amor!
Pobres restos de acalantos
No peito de um trovador...
Meus olhos secos de pranto
No coração!... Tanta dor.
Esse balde é a poesia...
Faz de mim um cantador,
Minha máscara, fantasia,
Fantasia!... Cata a dor...
Gastão Ferreira
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