POR VEZES
Por vezes a gente se apega
Até onde não se pode pegar
Por vezes a gente se nega
O não querer mais enxergar
Barco que sozinho trafega...
Não pode num porto aportar
Lembrança onde a vida navega
Lembranças que fazem chorar.
Por vezes a gente pergunta
O que não é bom perguntar
A resposta às vezes se junta
Ao que nunca se pode contar
Essa nuvem que passa sozinha
Fugitiva na tarde que cai...
Solitária na tarde caminha
Para aonde será que ela vai?
Gastão Ferreira/2011