RUGAS
Quantas rugas de tristezas
Contando histórias banais
São momentos de incertezas
Marcando a face dos pais
E tem o nome e o sobrenome
Dos filhos quem amam demais.
Desde o berço demonstrando
O carinho e a compreensão
As suas dores pagando
Com tamanha ingratidão
Seguem na vida levando
Os seus filhos pela mão...
Quando velhos e cansados
Os cabelos a branquear
Os seus filhos tão amados
Não os querem visitar
Do próprio lar exilados
Vão num asilo morar...
Pelas esquinas da vida
Pelo preço de sonhar
Pela saudade doída
Pela tristeza no olhar
Pelo Amor foi tingida
A alma de tantos pais!
O tempo segue sorrindo
Nas manchetes dos jornais
Enquanto os pais vão partindo
E não retornam jamais...
Os filhos também têm filhos
E as histórias são iguais!
Gastão Ferreira/2011
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