segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

RUGAS


RUGAS



Quantas rugas de tristezas

Contando histórias banais

São momentos de incertezas

Marcando a face dos pais

E tem o nome e o sobrenome

Dos filhos quem amam demais.


Desde o berço demonstrando

O carinho e a compreensão

As suas dores pagando

Com tamanha ingratidão

Seguem na vida levando

Os seus filhos pela mão...


Quando velhos e cansados

Os cabelos a branquear

Os seus filhos tão amados

Não os querem visitar

Do próprio lar exilados

Vão num asilo morar...


Pelas esquinas da vida

Pelo preço de sonhar

Pela saudade doída

Pela tristeza no olhar

Pelo Amor foi tingida

A alma de tantos pais!


O tempo segue sorrindo

Nas manchetes dos jornais

Enquanto os pais vão partindo

E não retornam jamais...

Os filhos também têm filhos

E as histórias são iguais!


Gastão Ferreira/2011

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