sábado, 29 de maio de 2010

UM DIA...


UM DIA

Eu sou um poema inacabado
Onde o verso final ali faltou...
O filme que nunca foi rodado
O riso que o pranto represou!

Sou a onda restante da procela.
O pássaro que na vida não voou,
Prisioneiro que fez a própria cela
Vento que na estrada não soprou

Sou tudo e não sou nada, minha vida
É um livro que a história não contou,
Uma ância imortal em mim contida...
Presa a um corpo carnal. Eis o que sou!

Um dia o meu cavalo voltará sozinho
A velha estância onde eu nasci...
Vai galopar por campos e caminhos
E pastorear os sonhos que eu perdi!

GASTÃO FERREIRA/2009

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